Nunca soube diferenciar
Se é instinto suicida
Ou de sobrevivência
Essa mania irresistível
De me atirar no mar
Entre o prazer do mergulho
E o medo de me afogar
Não decifro
Se por aflita ser, me precipito
Ou sou frágil demais pra não nadar
O vício de profundidade
Não me permite a caminhada
De passos leves na areia
Aos poucos molhando os pés
Me entrego
Me jogo
Me lanço
Águas rasas não me atraem
Não sou de praia
Sou oceamo